ABEM, XXVI Congresso Nacional da ABEM

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Ensino híbrido de Música na universidade: inovação ou mais do mesmo?
Fernando Stanzione Galizia

Última alteração: 2023-10-02

Resumo


O ensino realizado nas universidades brasileiras tem, cada vez mais, se caracterizado como híbrido – quando parte ocorre de modo online, com algum elemento de controle do aluno sobre o tempo, local, caminho e/ou ritmo do aprendizado. Dois fatores contribuem para isso: a pandemia de COVID-19, que obrigou as instituições de ensino superior a adotarem esta modalidade de ensino e as características dos estudantes universitários atualmente, tidos como nativos digitais que veem na tecnologia uma forte aliada. Porém, por se tratar de uma realidade recente, há poucas pesquisas que tragam dados empíricos e baseados em evidências sobre o ensino híbrido nas universidades, de maneira que auxiliem a compreender ou planejar o futuro da docência no ensino superior. Diante disso, este texto traz uma pesquisa de pós-doutorado em andamento que buscará responder à seguinte questão: quais são as concepções ontológicas, epistemológicas e pedagógicas que guiam o ensino de Música na modalidade híbrida em duas universidades - uma no Uruguai e outra no Brasil - e o que essas concepções indicam para o futuro da docência de Música no ensino superior? Dessa forma, o objetivo geral do estudo é analisar e comparar o ensino híbrido de Música realizado nestas duas universidades para averiguar se eles se caracterizam como uma inovação em relação ao ensino tradicional. Para tal, pretende-se conduzir um estudo multicasos do tipo etnográfico em ambas as universidades. Os dados serão coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, observações participantes e análise documental junto a professores, alunos e demais atores pertinentes.

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