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Neste texto apresentamos nosso olhar sobre as culturas da infância na educação musical, discutindo o “corpo criança” em movimento na sua interação com a música. Para isso, observamos duas vinhetas, a partir de diferentes contextos de ensino de música: atividades de audição musical ativa com crianças de cinco anos em uma escola de educação básica em [nome da cidade oculto], e práticas de música corporal com crianças de sete e oito anos de idade em uma escola especializada em música em [nome da cidade oculto]. Partimos dos conceitos de audição musical ativa ([nome do autor oculto], 2019), música corporal (BARBA; HOSOI, 2012), culturas da infância na educação musical ([nome do autor oculto], submetido a publicação), “corpo criança” (CAMARGO; GARANHANI, no prelo) e “jogo” musical (GAINZA, 1982) para ampliar o olhar analítico das cenas estudadas. Estabelecemos três temas emergentes para discussão: as negociações e significações entre pares nas práticas musicais infantis; o duplo conceito de “significativo” nas expressões musicais na infância, seja pela apropriação conceitual ou pelo envolvimento no “jogo” com a música; e a comunidade como modo interativo de produção cultural na infância. Ao final, apontamos questionamentos e implicações para a educação musical na infância, admitindo a importância de se pensar no “jogo” corporal-musical e na aprendizagem na educação musical na infância.