Esta comunicação se propõe a revisitar e rediscutir a análise de dados apresentada em pesquisa de mestrado do autor (COELHO, 2009), que, por sua vez, buscou estudar o ferramental técnico de ensaio coral do Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca, especificamente à frente do Ars Nova Coral da UFMG, comparando sua abordagem a escolas de prática coral estrangeiras em realce no século XX. Esta comunicação aplicou uma reanálise qualitativa dos dados coletados naquela dissertação, à luz de uma revisão de literatura ampliada. Com base nessa nova análise, preconiza-se outro ponto de vista sobre as semelhanças identificadas entre as abordagens de Robert Shaw e de Fonseca, confrontando o postulado de 2009 com hipóteses antagônicas, igualmente possíveis, mas que ainda carecem de investigação. Assim, sugere-se agora que a ligação entre os dois regentes seja considerada sob o ângulo da profunda similaridade entre suas abordagens, mas não necessariamente com uma relação de influência da abordagem de Shaw sobre a de Fonseca, como antes proposto. A revisão de literatura sinalizou a necessidade de maior aprofundamento na figura de Fonseca sob o prisma das técnicas de Regência, especialmente no que tange ao gestual, que não foi abordado na pesquisa de 2009 e tampouco nesta comunicação. Aponta-se ainda a necessidade de mais estudos comparativos entre o ferramental técnico de Fonseca e as abordagens de outros regentes, com vistas a destacar a importância do Maestro mineiro e as particularidades dos recursos técnicos que lhe são próprios.