ABEM, XXV Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical

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Educação musical e epistemologia genética piagetiana: alunos com baixo desempenho escolar e variação de estados de humor
Ana Maria Paes Leme Carrijo Abrahão

Última alteração: 2021-10-11

Resumo


Este artigo apresenta parte da pesquisa de doutorado em música que investigou o impacto de um programa de educação musical sobre o estado de humor e no desempenho acadêmico de estudantes com dificuldades de aprendizagem. Teve seu embasamento teórico na epistemologia piagetiana, nos estudos da Cognição Musical e em conceitos da neurociência. A pesquisa de abordagem quantitativa, contou com a participação de 45 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola de pública que apresentavam baixo desempenho acadêmico. Um Teste de Desempenho Escolar e um Teste de Variação de Estados de Humor (Escala POMS) serviram para conhecer o nível acadêmico dos alunos e as variações do estado de humor antes e depois de uma intervenção musical que contou com 24 aulas de música com duração de 50 minutos cada. Apesar dos resultados não demonstrarem evidências sobre os efeitos da educação musical no desempenho acadêmico, o programa de música afetou as crianças nas dimensões referentes aos sentimentos positivos, como o aumento na pontuação no pós-teste para vigor/atividade e diminuição da dimensão depressão/melancolia. Ao interpretarmos os resultados estatísticos, associando-os às observações em sala de aula, atentamo-nos para uma necessidade de mudança na postura da escola diante das relações de respeito e reciprocidade, bem como nas propostas pedagógicas oferecidas aos alunos com baixo desempenho escolar.

Palavras-chave: baixo desempenho escolar; educação musical; estados de humor


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