ABEM, XXV Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical

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Jung, Piaget, Erikson, e a reabilitação musical de idosos INTJ
Tristan Guillermo Torriani

Última alteração: 2021-11-17

Resumo


Diferentemente do músico profissional, o amador idoso encontra desafios bastante variados, que dependem da qualidade do estudo e da quantidade de tempo dedicados ao instrumento tanto no passado quanto no presente. Podem-se distinguir quatro níveis básicos de empenho, mesmo que variáveis para cada indivíduo: declínio, manutenção, melhoramento e lesão. Três autores autores clássicos da Psicologia Filosófica serão referenciados para fornecer um enquadramento teórico: Jung, Piaget e Erikson. Com base na teoria junguiana das funções cognitivas e a tipologia da personalidade de Myers-Briggs, discutem-se as especificidades do tipo INTJ, relativamente raro na população e entre músicos. A partir da teoria piagetiana da construção de esquemas, procura-se ressaltar que a atividade musical vai bem além da mera coordenação sensoriomotora e argumenta-se que, assim como nos esportes, a técnica musical voltada para amadores tem especificidades que a distinguem de modo significativo do treinamento para profissionais, requerendo, portanto, especial atenção. Sem jamais desconsiderar a autoridade profissional, critica-se contudo a posição paternalista em relação ao amador e procura-se indicar caminhos teóricos para a autonomização dos amadores, cujos objetivos musicais podem ser bastante divergentes. Com base na teoria psicossocial eriksoniana, explora-se por fim o contexto das duas fases tardias da vida humana em que ocorreria a reabilitação musical dos idosos INTJ.


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