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Este trabalho consiste em um recorte de uma pesquisa de mestrado que propõe uma investigação em processos educativos oriundos da prática social relacionada ao convívio dos educandos nas aulas coletivas de violões em uma comunidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, situado na cidade de Serra Azul – SP. Buscando compreender as possíveis contribuições que esses processos podem oferecer para a formação musical e humana dos alunos e alunas envolvidos. Partimos da ideia que processos educativos são inerentes a práticas sociais, e ao mesmo tempo decorrentes destas. Assim, buscaremos responder as questões de pesquisa relacionadas a: quais processos educativos são oriundos dessa convivência entre os alunos/as? E como as pessoas ali podem se educar em comunhão aprendendo umas com as outras? Para tal, pretende-se identificar e descrever os possíveis processos educativos oriundos desta prática relacionada ao convívio dos participantes. A busca pelos resultados se deu através da metodologia de observação participante, em que a coleta de dados partiu de uma inserção no espaço tempo das aulas, durante a realização das atividades cotidianas. Como recurso de memória foi utilizado a confecção de diários de campo. O trabalho pode evidenciar que no cotidiano das atividades os alunos/as trocam experiências e aprendem uns com os outros, provando que não é somente o professor que ensina. E por outro lado, destaca também a importância do diálogo para o desenvolvimento de uma educação musical forjada com os alunos e não para os alunos.